terça-feira, 20 de maio de 2014

A Ponte - Die Brücke ( alemão)

É um grupo de quatro estudantes alemães que compõe a Primeira Geração do Expressionismo Alemão, sendo eles,  Ernst Ludwig KirchnerFritz BleylErich Heckel e Karl Schmidt-Rottluff. Teve seu marco inicial a partir de 1905 com a exposição de suas telas numa fábrica de lâmpadas na Berlinstrasse, em Dresden, com uma nova e ousada forma de pintura expressionista, inspirados na força visceral da Arte da África e da Oceania. Neste manifesto, os artistas exaltam a juventude e reivindicam o direito à contestação dos valores burgueses do início do século XX. Seus principais temas são  nu feminino, valorizando uma abordagem livre sobre o sexo e demais emoções elementares. Como alternativa a hipocrisia da sociedade moderna, os artistas alemães elogiam a arte primitiva, cujas simplificações e distorções expressivas salientam a autenticidade e subjetividade dos temas.
 Inicialmente, a técnica que os pintores Brücke buscas é o primitivismo formal, com cores não naturais, pinceladas visíveis e um tanto toscas, rudimentares. Com o tempo, as formas tornam-se mais angulares, quase pontiagudas, e as cores mais amplas. Sofre influência da xilogravura (imagens a seguir), técnica admirada pelos artistas da época.



Ernst Ludwig 

            Kirchner, 1906 

            Xilogravura
Ernst-Ludwig Kirchner, Auto-retrato, xilogravura

Max Pechstein,1909 (Schmidt-Rottluff 
            Heckel, Kirchner, Pechstein) Xilogravura
Ernst Ludwig Kirchner, s/d 
Xilogravura

Karl Schmidt - Rottluff, 1909 
          Xilogravura

domingo, 11 de maio de 2014

Um Pouco Sobre Gravura


O termo "gravura" é muito conhecido pela maioria das pessoas, no entanto, as várias modalidades que constituem esse gênero, costumam confundir-se entre si, ou com outras formas de reprodução gráfica de imagens. Isto faz da gravura uma velha conhecida, da qual pouco se sabe de fato.
De um modo geral, chama-se "gravura" o múltiplo de uma Obra de Arte, reproduzida a partir de uma matriz. Mas trata-se aqui de uma reprodução "numerada e assinada uma a uma", compondo desta forma uma edição restrita, diferente de outros processos gráficos automáticos, reproduzidos em larga escala sem a intervenção do artista.
Quando falamos de gravura, temos em mente um processo inteiramente artesanal. Desde a confecção da matriz, até o resultado final da imagem impressa no papel, a mão do artista está em contato com a Obra.
Quando a imagem chega ao "ponto", define-se a quantidade de cópias para a edição. As gravuras editadas são assinadas, numeradas e datadas pelo próprio artista. Em geral a numeração aparece no canto inferior esquerdo da gravura - 1/ 100, ou 32/ 50, por exemplo - isto indica quantas cópias foram produzidas daquela imagem (100 ou 50). O número de cópias varia muito, e depende de fatores imprevisíveis, como a possibilidade técnica que cada modalidade permite.

Outras indicações também são usadas em gravuras:
·        PI = prova do impressor;
·        BPI = boa para impressão, quando chega-se ao resultado desejado para todas as cópias;
·        PE = prova de estado, que indica uma etapa da imagem antes de sua configuração final;
·        PCOR = prova de cor, correspondendo à investigação de combinações de cores e tons;
·        PA = prova do artista, que representa um percentual que o artista separa para seu acervo;




A interação do artista com o impressor (quando não é o próprio artista que exerce o papel) pode comparar-se a do maestro com o músico durante uma sinfonia. Cada um é mestre em seu ofício, e não há mérito maior para um ou para outro, senão o de "juntos" obterem a Obra de Arte.

Existem vários tipos de gravura, ou, técnicas distintas de reproduzir uma Obra. As mais utilizadas pelos artistas são: a Calcografia (gravura em Metal), a Litografia (gravura em pedra), a Xilografia (gravura em madeira), o Linóleo (gravura em linóleo) e a Serigrafia.

Gravura em metal de DürerA Morte, o Cavaleiro e o Diabo.



Acima, medindo 15 × 23 centímetros, ambas as litografias foram feitas por George Shaw, em 1801.


Duas mulheres na janela, 1950 – linóleo várias cores.



terça-feira, 6 de maio de 2014

Gravura com Matriz de Isopor

A gravura em isopor é usada como um recurso artístico e didático que reconstrói o processo da xilogravura, gravura em relevo, feita em madeira. Ela apresenta especificidades que favorecem o manuseio das crianças, por exemplo, apresentando, de uma forma geral, menos rigidez que a madeira. O isopor, mais poroso e macio, não exige as goivas ou estiletes usados para cortar a fibra da madeira, mas pelo contrário: pode ser gravado com praticamente quaisquer objetos, desde lápis, uma ponta seca, a tampinhas, pregos etc.
1.       Desenhar sobre a bandeja de isopor, fazendo vincos com diferentes profundidades.
2.       Passar uma camada de tinta guache (não pode ser muito grossa a camada de tinta, pois poderá danificar o trabalho).
3.       Posicionar a bandeja de isopor sobre o papel.
4.       Pressionar por toda a área do isopor, para transferir a tinta para o papel.
5.       Retirar o isopor com cuidado.

6.       Fazer mais cópias da mesma imagem desenhada no isopor (essa matriz permite fazer copias, pois não é matriz perdida, a matriz perdida permite apenas uma cópia).

   A seguir, trabalhos realizados por mim na Univel - Curso de Artes Disciplina de Gravura:



 Com a matriz de isopor tem-se a possibilidade de trabalhar com duas cores, sempre utilizando a cor mais clara primeiro e as escura na sequência, é importante criar novos sulcos para destacar o uso de mais cores, como vemos a seguir:










sábado, 3 de maio de 2014

Xilogravura de Cordel


        Neste segundo ano, ao passar dos dias nas aulas de gravura, estamos compreendendo a importância da Xilogravura em nosso meio, a delicadeza de cada traço, a imensa beleza do desenho e sem esquecer que tudo deve ser feito com muita calma e paciência, pois com apenas uma retirada não calculada, a matriz pode ficar totalmente desfigurada, todo esse conhecimento esta sendo repassado pelo Professor Antonio Carlos Machado, no qual esta nos mostrando o grandioso mundo da gravura. Um dos pontos na qual prendeu totalmente minha atenção foi a Xilogravura de Cordel. O Cordel aparece no Recife em 1907, onde foi imprimido um enredo de 48 paginas, sem outros anexos na qual trazia na capa o nome do autor e um titulo na qual dizia: A história de Antonio Silvino, contendo o retrato e toda a vida de crimes do célebre cangaceiro do seu primeiro crime até a data presente. 


 “Em toscos pedaços de madeira, o artista popular nordestino construiu a mais rica e instigante expressão plástica da cultura rural brasileira. De pouca leitura, o artista usou da técnica milenar da xilogravura para retratar o seu mágico universo, onde anjos se mistura com demônios, beatos com cangaceiros, princesas com boiadeiros, todos envolvidos nas crenças, esperanças, lutas e desenganos da região mais pobre do país”.  (Jeovah Franklin – Jornalista e escritor)

      Quem não se lembra da novela "Cordel Encantado" que passou durante algum tempo na emissora Globo? Contava a história de um princesa.., mais também existia um príncipe.., uma coroa.., pessoas envolvidas com a igreja..,  cangaceiros..., e muita, muita luta.! O Cordel que poucos sabem, foi utilizado na abertura da novela. 



Em meus próximos post, vocês iram ficar por dentro do que acontece em nossas aulas, irei postar sempre um poucos dos materiais, do teórico e tudo que envolve a gravura!

                                                                                                                            Beijos e até mais! :* 
                                                                                                         Post: Larissa Baccin