O termo "gravura" é muito conhecido pela
maioria das pessoas, no entanto, as várias modalidades que constituem esse
gênero, costumam confundir-se entre si, ou com outras formas de reprodução
gráfica de imagens. Isto faz da gravura uma velha conhecida, da qual pouco se sabe
de fato.
De um modo geral, chama-se "gravura" o
múltiplo de uma Obra de Arte, reproduzida a partir de uma matriz. Mas trata-se
aqui de uma reprodução "numerada e assinada uma a uma", compondo
desta forma uma edição restrita, diferente de outros processos gráficos
automáticos, reproduzidos em larga escala sem a intervenção do artista.
Quando falamos de gravura, temos em mente um processo inteiramente
artesanal. Desde a confecção da matriz, até o resultado final da imagem
impressa no papel, a mão do artista está em contato com a Obra.
Quando a imagem chega ao "ponto",
define-se a quantidade de cópias para a edição. As gravuras editadas são
assinadas, numeradas e datadas pelo próprio artista. Em geral a numeração
aparece no canto inferior esquerdo da gravura - 1/ 100, ou 32/ 50, por exemplo
- isto indica quantas cópias foram produzidas daquela imagem (100 ou 50). O
número de cópias varia muito, e depende de fatores imprevisíveis, como a
possibilidade técnica que cada modalidade permite.
Outras indicações também são usadas em gravuras:
·
PI = prova
do impressor;
·
BPI = boa
para impressão, quando chega-se ao resultado desejado para todas as
cópias;
·
PE = prova
de estado, que indica uma etapa da imagem antes de sua configuração
final;
·
PCOR = prova de cor, correspondendo à investigação
de combinações de cores e tons;
·
PA = prova
do artista, que representa um percentual que o artista separa para seu
acervo;
A interação do artista com o impressor (quando não
é o próprio artista que exerce o papel) pode comparar-se a do maestro com o
músico durante uma sinfonia. Cada um é mestre em seu ofício, e não há mérito
maior para um ou para outro, senão o de "juntos" obterem a Obra de
Arte.
Existem vários tipos de gravura, ou, técnicas
distintas de reproduzir uma Obra. As mais utilizadas pelos artistas são: a Calcografia (gravura em Metal), a Litografia (gravura em pedra), a Xilografia (gravura em madeira), o Linóleo (gravura em linóleo) e a Serigrafia.
Gravura em metal de Dürer: A Morte, o Cavaleiro e o Diabo. |
Acima,
medindo 15 × 23 centímetros, ambas as litografias foram feitas por George Shaw, em 1801.
Duas mulheres na janela, 1950 – linóleo várias cores. |
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